segunda-feira, 9 de março de 2009

O PODER E A LEGITIMIDADE DOS JUÍZES E O CONSTITUCIONALISMO DE MATRIZ EUROPEU

Acabo de ler uma monografia que definhava há muito nos meus desejos: «El Concepto de Império em el Derecho Internacional», de Carl Schmitt (uma edição electrónica do texto pode ser encontrada na
Revista de Estudios Políticos da Universidade de La Rioja).

Sempre que leio Carl Schmitt percebo melhor a amizade que René Cassin nutria por este homem – que alguém disse, injustamente e sem perceber o seu pensamento, que era uma «besta bestial» – de quadrante ideológico tão diferente dele. Penso que terão tido uma profunda e mútua admiração intelectual, a imagem daquela que Cipião tinha por Aníbal Barca, o algoz romano em Canas.

Mas porque falo aqui de Carl Schmit? – perguntar-me-á uma pessoa menos atenta ou desconhecedora da filosofia do Direito e do Estado e de algumas questões pendentes sobre o Estado de Direito da actualidade. É que, no contexto em que se fala de juízes, da Constituição e da sua revisão – logo, dos seus valores – faz sentido revistar este pensador e as suas ideias. As suas ideias sobre o papel dos juízes como (não) guardiões da Constituição são deveras interessantes e estão na origem de uma quaestio com Hans Kelsen (das mais profundas fecundas na forma e na substância sobre o Estado de Direito e com consequências então impensadas) e que daria origem à visão do Estado Constitucional que hoje conhecemos como modelo e com base na pirâmide normativa de Kelsen. Um modelo que, em boa verdade, merece ser, também, revisitado sem dogmatismos formais; mas salvaguardando os valores inerentes ao mesmo.

O modelo de Estado constitucional de Kelsen foi consagrado pela história do Estado europeu e seus herdeiros ideológicos, mas a questão fundamental de Carl Schmit ainda se mantém: a legitimidade originária dos tribunais – nomeadamente dos tribunais constitucionais – sindicarem os actos legislativos de entidades dotadas de soberania outorgada pelo povo. A outorga desses poderes de fiscalização por via da Constituição originária é bastante? Mas, se assim é,

Se a vitória inicial de Carl Schmitt sobre Kelsen (objecto de decisão do Tribunal do Estado no célebre caso «Prússia contra Reich» que, a 25 de Outubro de 1932, alijou o poder de controlar os poderes do Presidente e do Chanceler da Alemanha) abriria as portas para Adolfo Hitler se tornar Chanceler da Alemanha e o guardião da Constituição, a queda do III Reich e o fim da II Guerra Mundial abriria as portas a um novo constitucionalismo europeu – uma espécie de vingança da história e de vitória política do sistema proposto por Kelsen como objectivo de afastar os perigos que o sistema de Carl Schmitt revelara.

Carl Schmitt ficou preso à esta vitória de Pirro sobre Hans Kelsen e, como é consabido, a sua obra e pensamento são tidas como fundamentos do nacional-socialismo alemão e do III Reich. Na verdade o seu pensamento é objecto de censura intelectual em muitas universidades – por vezes é uma mera nota de rodapé ou um ostracizado no ensino do Direito e da teoria do Estado.

Mas as questões (nomeadamente sobre a legitimidade por origem do controlo da Constitucionalidade das normas pelos juízes) continuam de de pé e não são tão dispeciendas como isso – é uma questão de sistema, de sentido histórico e social do Estado de Direito que não é, nem pode ser, uma realidade com um sentido univoco. Por essa razão é que os juízes dos Tribunais Constitucionais, em muitos países – nomeadamente na Alemanha – têm nomeação política. O que é, de certo modo, uma forma de mediar esta questão.

Quando se mexe numa Constituição, é bom que se saiba porquê é se está a mexer nela e no quê é que se está a mexer. É que as normas jurídicas têm uma essência, um substratcto filosófico que sustenta o seu sentido comformador. Mudar uma Constituição porque há quem pense que o poder político não pode ou não deve interfere na Justiça é uma justificação de quem não sabe o que é o Direito, quais os seus fundamentos e o que é ser ou estar-se legislador! O legislador não pode, nem deve, mexer nos valores da fundadores do Estado de Direito Democrático. Mas isto é assunto para depois, par outro dia.
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  • .Imagem: Hans Kelsen, já idoso e cidadão norte-americano

14 comentários:

  1. Dr, prefiro repescar esta sua frase que cito: "Na verdade o seu pensamento (Schmitt) é objecto de censura intelectual em muitas universidades", para nao ter que ser muito duro consigo.

    Exactamente, a ignorância que tem da obra do perigoso jurista nazi Carl Schmitt, so pode ser vista com os oculos da sua frase acima citada. Com isto quero dizer que o Dr Virgilio, é uma das pessoas que estudou em universidades que "censuraram" a obra de Carl. Para o seu bem, mas o dr nao sabe, daí aventurar-se neste seu elogio àquele que é conhecido como o jurista do nazismo.

    Dr, este espaço é um blogue de cultura geral e nao uma revista cientifica para tratar da obra de Carl Schmitt, tanto mais que reconhece que tendo estudado numa universidade em Portugal que "censurou" a obra desse jurista alemao, nao teve a sorte ou o infortunio de se debruçar sobre essa mesma obra.

    O Dr consegue inclusivé fazer a ginastica de ir buscar dois judeus, Cassin, prémio nobel da paz e um dos pais da Declaraçao universal dos direitos humanos e Kelsen, que para além de ser um dos teoricos mais renomados do Estado de direito, foi precisamente obrigado a fugir para os Estados unidos por causa da politica racial e racista do nazismo que contou com a assessoria juridico-filosofica de Carl Schmitt. Isso é de mestre, dr Virgilio!

    O problema nao é Schmitt ter sido um grande teorico de Direito e do Estado. A questao fundamental é ele ter colocado a sua ciência e a sua inteligência ao serviço do nazismo. Logo, passa a ser secundario a sua excelência juridica para o comum mortal, interessando apenas a sua ciência para estudo em areopagos cientificos.

    E' isso que o dr Virgilio nao percebe caindo no erro crasso e grave de fazer um paralelismo entre a obra do nazista Schmitt e a dos dois judeus, Cassin, teorico dos direitos humanos e Kelsen teorico da piramide normativa.

    Desculpe la, dr, mas meteu-se em apuros, por igorância, e é você que o reconhece quando diz que so agora conseguiu ler esse textinho de Schmitt sobre o Império e a constituiçao, que eu que nao sou jurista li ha mais 20 anos! Precisamente dr, por estar "atento" à coisa da filosofia do direito. O dr é que pelos vistos anda a milhas dessa questao fundamental. E' o que eu digo, jurista é uma questao de tecnicidade de artigos, enquanto a filosofia é para gente de cabeça fria e bem feita!

    Depois de ter dado na cabeça a rapaziada mais nova desta blogaria crioula que se descarrilou a proposito do outro alemao nazista, o filosofo Heidegger, agora é o dr Virgilio que me obriga a intervir para pôr Schmitt no seu devido e merecido lugar do nazismo. Sem falar que aqui ha dias tinha chamado à pedra essoutro português ignaro Joao Preto que publicou airosamente no seu blogue um artigo do teorico fascista e da arte totalitaria Marinetti, artigo que ele retiraria depois de ter sido chamado à atençao; e enfim acabo de intervir no Colunista da Semana onde o presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde numa linguagem nazista quer "exterminar os burocratas". Assim nao dá para dialogar com a malta! Al Binda

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  2. Al Binda,
    leia o texto outra vez e depois volte...

    Mais uma vez passa ao lado da questão, o que não me admira; de todo. Não há, aqui, nenhum elogio a Carl Smith, Al Binda!

    Mas, pelo que percebo, o Al Binda acha que a cencura intelectual é admissível.

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  3. Dr Virgilio, honestamente, ja nao quero debater consigo. E' que em vez de aceitar a critica ou pelo menos colocar a hipotese da duvida em relaçao ao seu saber, uma vez mais tenta tratar-me de tonto, como se eu nao soubesse ler; "de todo", diz você ironica e sarcasticamente.

    Dr, modéstia à parte, fui escolarizado em português, a minha primeira lingua do saber, e tenho o dominio de outras mais nomeadamente a lingua de Schmitt. Mas como o dr Virgilio me disse que nao sabe alemao, nao lhe vou portanto enviar uma pequena citaçao nessa lingua nem tao pouco enviar-lhe referências alemas; mas como latino que é sempre deve saber ler a lingua francesa pelo que lhe envio aqui uma pequena citaçao da introduçao a um dos livros de um dos melhores especialistas de Schmitt e ja agora também de Heidegger. Trata-se de Emmanuel Faye.

    E nao me venha com "estórias" de que ele nao sabe ler. Tao pouco com essa falacia de "censura intelectual"! Alias o que é essa sua tese de censura intelectual se nao um elogio de Schmitt? Repito: meteu-se em sarilhos! Ja nao volto mais! Eis o texto:

    "La thèse de ce livre est qu'Heidegger a mis sa philosophie au service de la légitimation et de la diffusion des fondements mêmes du nazisme et de l'hitlérisme à travers en particulier des séminaires professés entre 1933 et 1935.


    Faye met en avant les relations privilégiés entre Heidegger et les "penseurs" les plus engagés dans le nazisme : Carl Schmitt, Alfred Bauemler et les "raciologues" nazis.

    Les concepts d'être et d'étant sont eux-mêmes assimilés au lien entre l'Etat et la communauté raciale du peuple. Sa doctrine s'étend à tous les domaines : droit, histoire, biologie, médecine, poésie...


    Les propos heidegerriens ne sont pas philosophiques mais politiques et s'apparentent à ceux de C. Schmitt.

    PS Agora sou eu a dizer-lhe para ler devagar e com calma; depois volte a ler o seu proprio texto!

    Al Binda

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  4. Oh, Al Binda!

    Então… acusava a HF de consultar o wiki mas usa ferramentas identicas!? Como dizia antes, noutro comentário a texto seu: veja a trave do seu olho não o argueiro alheiro.

    Mas, não é que o Al Binda vai buscar um texto de promoção (não é Introdução no sentido técnico da palavra – que usa para dar a ideia de que leu o livro…) de um livro para contrariar uma ideia que, claramente, não percebeu o sentido.
    Aqui, Al Binda, está onde tirou, ipsis verbis, a sua citação:

    http://www.librairie-compagnie.fr/envitrine/philo/fiches/philo035.htm

    Seja intelectualmente honesto, ó Al Binda. Não por mim, pois pode ser o que quiser ser que isso não me incomoda, mas por sim mesmo, ó homem! E o exemplo que foi buscar, Al Binda, é o pior dos exemplos – se admitisse que leu a obra, o que não é o caso, tal revelaria em si um carácter longe da liberdade que defende. Mas dou-lhe o benefício da dúvida, ainda que esteja na mesma senda: na de censura de determinados pensadores.

    É que este Emmanuel Faye defende a censura das obras de Heidegger (e o livro de que fala é sobre este autor) e acha que os livros do mesmo deveriam ser expurgados das bibliotecas e da história filosofia. Interesante, ó Al Binda… não acha?

    E, digo-lhe desde já, Faye não tem razão de substância na sua tese. Mas aqui não é lugar adequado para discutir essa questão, ademais o Al Binda tem de ler mais livros e menos capas de livros. Sim, deveria ler o livro, pois o juízo que emite sobre Heidegger aplica-se, e bem, ao seu Mestre (não é assim que chama Nietzsche?)… pois, como sabe(rá) o Al Binda, este pensador foi um dos grandes ideólogos do nacional socialismo (por apropriação, diga-se).

    Este, sim, o pensador mor e idolatrado do nazismo – e de quem o Heidegger de que usa aqui, sem saber bem das coisas, era, sim um grande admirador. Mas as coisa não são assim, tão branco e preto, não...

    E, ó Al Binda, devemos ter cuidado com o que pensamos e o que dizemos: na Alemanha nazi mandou-se queimar livros e mais livros, com censura intelectual e moral, e se promovia um pensador acima de todos: Nietzsche, o seu amado Nietzsche! O “super homem”, Ó Al Binda, é um dos fundamentos primeiros da eugénia e do genocídio… mas isso sabe, ou deveria saber.

    Mas, como pode aceitar a censurar Heidegger e amar Nietzsche? Como pode achar que se pode censurar um pensamento que não conhece – está visto que não percebeu o que escrevi sobre Carl Schmitt e, mais: o que quiz dizer com o texto em si – e recorrer a um censurador como Emmanuel Faye (que neste aspecto em concreto assume a posição de um verdadeiro Torquemada) e dizer-se um defensor da liberdade?

    Bem, nem vou perder tempo a dizer-lhe que a questão que coloquei no texto acima precede as que se colocam no livro de Faye e que servem de premissa à sua argumentação… e que a questão é, era, outra. oh!, quase que usava uma valiosa, profunda e perolina expressão do meu Mestre com a luz e o azul de Vermeer ao fundo... mas, entende-me, não entende Ó Al Binda?

    Diz o Al Binda para eu deixar a «falacia de "censura intelectual"!»…

    Mas, ó Al Binda!, não é o Al Binda a achar que se não se deve ensinar Carl Schmitt nas universidades? (ou li mal o que escreveu, ou o que disse não foi bem o que quis dizer?) E, por azar seu!, foi escolher um censurador como Emmanuel Faye. Mais do que censura intelectual, Faye acha que as obras de Heidegger deveriam desaparecer, serem retirados da história da filosofia (se tivesse atentado na obra em si, saberia isso). Enfin, Al Binda… cada um tem as suas referências. As minhas são mais simples e humildes, para poder aprender, aprender sempre.

    Há coisas, Al Binda, que são incompatíveis! Ou o Al Binda não percebe de nada de filosofia ou tem outro problema – bem pior. Mas enfin, as coisas são o que são - e as pessoas pessoas também. Acho que a sua cabeça precisa de assentar e saber o que pensa e/ou não pensa – mais: precisa de saber o que é e o que sabe na verdade.

    Estrangule o seu ego, ó homem! e aprenda a ser o que é: saia do armário da ignorância que é esse seu "saber tudo" putativo e viva.

    Todos temos as nossas limitações, não temos de ser "super homens" – basta-nos sermos humanos ("humano, demasiado humano") para termos as afrontas da vida. Sê humilde consigo mesmo Al Binda – verá que se sentirá um homem melhor, mais sereno e capaz pensar e de ver um Mundo melhor!, mesmo que as circunstâncias lhe sejam adversas.

    Não precisa de debater comigo, Al Binda: isso é iniciativa sua, pára onde quiser parar. Quer ir embora? Vá… Ninguém lhe pediu para vir. Ninguém está a pegar-lhe no braço – nem para ir para o inferno... pois a sua posição é uma tragédia sofrível.

    Não pense que tenho prazer em debater estas questões consigo - não (lamento ferir a sua vaidade, mas tenho de ser verdadeiro): é responsabilidade intelectual, responsabilidade de viver e de ajudar os outros a viver e a encontrar o seu caminho. O Al Binda não é um caso perdido, espero...

    E não precisa de fazer birra, ó Al Binda!… olhe-se no oespelho, sorria... e siga em frente!

    Cuide-se, e que Deus o abençõe e ilumine.

    PS: Ah!, não terei saudades suas… pois não tenta (ao menos) acrescentar nada ao Mundo quando abre a boca. O que é pena!, pois tem potencialidades...

    Livre chega, livre vai. Como costuma dizer a muitos: aprenda mais e melhor ó Al Binda. E, depois, volte. Será sempre recebido aqui, como todos. Gostar de mulheres: uma grande virtude que descobri em si! Parabéns!

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  5. Nada de confusao, dr virgilio! E' compreensivel que esteja a ter este comportamento doentio. Eu nao disse que me ia embora; o que eu disse é que nao debatia consigo, quer dizer sobre estas coisas sérias que pretende conhecer e se calhar até conhece mas mal e pessimamente. Alias você mesmo é que deu a entender que conhece mal Schmitt, estando a ler so agora um texto que existe ha décadas.

    E' compreensivel, pois esse jurista nao tem grandes traduçoes, apenas passagens ligeiras, em português ou em espanhol, linguas que o dr virgilio conhece. Mas sabe, porque é latino, devia saber que ha muita coisa em francês e em italiano, homem!

    O problema é que ja reparei que o dr viriglio nao tem grandes bases politico-filosoficas para perceber a obra dificil de Schmitt. E' por isso que o dr virgilio, depois de ter cometido a grande ligeireza de elogiar Schmitt, chamado à pedra, tenta agora entrar pelo caminho da diversao. Elogia um autor nazista, é criticado, percebe, e para tentar fazer esquecer o seu crime, prefere desviar as atençoes para a pirraça. Oh, dr, você é muito 'pirracente', mas a sua piada nao pega!

    Porque fala na Net, qualquer pessoa honesta e que nao queira apanhar a maçada de estar a copiar citaçoes em livros, pode recorrer a essa ferramenta escrevendo no Google: Schmitt e nazismo e terá montes de informaçao. Eu nunca disse que a Net nao é uma prodigiosa fonte de informaçao e formaçao, o que eu fiz foi gozar com a sua convidada HV, que citava o WIKI. Está a ver que pode ser mais honesto e mais rigoroso, homem! Falei em Wiki e nao na Net na sua globalidade. Sobre Carl a pequena citaçao que fiz, foi a facilidade da Net e para nao me dar ao trabalho de estar a copiar nos livros;

    Eu ja disse aqui e noutros sitios, que escrevo de cor, de memoria. Nao é o caso do dr virgilio, que ja reconheceu aqui que leva dias a calafetar um texto. Eu nao tenho tempo, porque tenho muitos afazeres, e o que tenho dito é que é uma conversa escrita que tenho com as pessoas; é como se a gente tivesse encontrado num café para a gente falar de Schmitt ou Heidegger.

    By the way, estou a ver que o dr nao seguiu, ou entao está a ser desonesto, o debate que tive sobre este filosofo e sobre Nietzsche, cujo nome ja vi que entretanto aprendeu a escrever correctamente, dizia, debate que tive com Rony so seu blogue. Va ler, homem, e verificar o que digo dos dois filosofos, sem cabula, claro! Nao esteja a disparatar. O problema é que o dr virgilio, que pelos vistos so tem uns livrinhos em português e espanhol, logo pouquissima coisa, pois como se sabe nao ha grandes publicaçoes em português, quer forçosamente que eu nao tenha livros; e é por isso que volta e meia quer que eu perca o meu tempo a copiar frases inteiras dos meus livros para lhe servir a papinha.

    Tenho sim uma grande biblioteca onde figuram livros de Faye, tenho também deste outro Faye, o Jean Pierre, que escreve também sobre estas coisas. Eu poderia ter copiado citaçoes dos livros de J Freund ou JF Kervégan, todos sobre Carl, mas fiquei pelo primeiro Faye, apenas porque é um livro mais recente, que deu muita polémica recentemente em França, Alemanha e Bélgica.

    Eu sei que em Portugal, essa polémica nao teve lugar, por causa do "meio pequeno" pois como sabemos nessas matérias Portugal é uma aldeola. Portugal nao faz parte do mapa cultural europeu e nao esteja a querer fintar as pessoas, porque qualquer individuo minimente informado sabe que nao ha debate cultural e literario naquele país; é o proprio filosofo tuga EDuardo Lourenço, que mentalmente vive mais com a cultura francesa, quem o diz. E que eu saiba,nao ha muitos eduardos lourenços naquela terra. O que ha sim sao muitas HV, essa sua colega de profissao, que para tentar chamar a atençao sobre a sua pessoa exibe a sua passagem por Coimbra.

    Nao preciso dessas vaidades, dr virgilio. Nao sei se ja reparou eu nunca falei de cursos ou diplomas.O que faço é mostrar às pessoas que nao estao a falar com nenhum nabo e que percebo disto ou daquilo. Alias, é uma regra estratégica, tactica, melhor dizendo: nao dizer nunca o que se fez para nao dar ao adversario cartas para me surpreender. O que o dr virgilio nem ninguém podem dizer é que eu seja um ignorante nessas coisas; alguma coisa, sei e nao preciso da sua avaliaçao, porque ainda sei o que sei conscientemente.

    Conclusao: fique quietinho no seu lugar dr virgilio e nao faça ondas, porque para si, tudo ficou claro, ou melhor baralhado! O dr cometeu um gravissimo erro sobre o famigerado jurista e está escrito preto no branco para quem quiser e souber ler. O senhor começa o seu texto com um elogio e termina o seu texto com um elogio; quer dizer termina o seu texto, com uma sentença segundo a qual, as pessoas, antes de pensarem em rever a Constituiçao para lerem Schmitt, o tal da Verfassungslehre, da Teoria da constituiçao, porque ele é o "melhor". Você nao escreve a palavra melhor, mas toda a sua tese vai nesse sentido. Caramaba! ha tantos autores que se debruçarem sobr a coisa constitucional e tinha logo que recomendar Schmitt?!

    Repito, e nao vou agora copiar as suas frases, o dr faz um grande elogio ao jurista nazi. E nao seja desonesto, porque eu nunca disse que o Jurista nao deve ser estudado nas universidades. O que eu disse é que aqui num blogue de cultura geral nao é lugar para debater a obra dele. Alias eu escrevi precisamente o contrario, sublinhando que o senhor é que nao o estudou, pois fez estudos numa universidade portuguesa, que se limita apenas a fazer "notas de rodapé" da obra do jurista e filosofo, e o rodapé, é curiosamente da sua lavra, doutor. Nao seja desonesto, homem!

    Enfim, Carl, escreveu obra de valor, mas nada de original, pois ele bebeu em escritos de Hobbes e Rousseau e outros como esse que talvez o tería grandemente inspirado o francês da contra-revoluçao Joseph de Maistre. Conhece dr? Entao, va la homem, estude mais e seja menos peneirento; Dê uma olhadela no P. Schneider, ups!! esqueci-me que o doutor nao lê alemao.

    PS:Atençao, isto é apenas um esclarecimento aos leitores e nao um debate consigo! Nao pode haver, dr, porque ha um desequilibrio imenso sobretudo a nivel linguistico, pois ha muito material que so existe em linguas que o teor nao sabe ler.. Al Binda

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  6. Sr. Al Binda, confeço que sou um dos poucos(pelos comentarios que fazem a seu respeito nos diferentes blogs)que admira o seu fervor intelectual, com intervençoes nos varios blogs de conteudo que denotao um invejavel espirito critico e "provocatorio"(no bom sentido da espressao) que ajuda sempre a expandir a mente.
    Contudo, neste caso particular, acho que o senhor, nao colheu o sentido do texto do Exmo. Dr. Vigilio, talvez porque faz parte daquela categoria que indica em Shmitt um "Captivus Magister" imputado de ter elaborado os instrumentos ideologicos para legitimar um dos mais impiedosos sistemas politicos que a historia moderna jamais produziu, com todo o seu colorario de guerra, sofrimento e devastaçao. Por isso é que, como disse bem o Dr. Virgilio, "passou ao lado da questao". O que o Dr. Virgilio fez e bem, foi enfatizar a qualidade da doutrina juridica teorizada por Schmitt.
    Note Sr. Al Binda, que grande parte da obra de Schmitt foi inspirado num realismo politico que, embora machiavelicamente brutal, substancialmente nao inventava nada de novo, mas se limitou a teorizar e codificar uma evoluçao politica que ja era em acto nos factos. Basta lembrar a I guerra mundial ou a criaçao do primeiro estado verdadeiramente totalitario da historia, para ter-se uma ideia.
    Talvez o sr. Al Binda colocou ao centro da questao a pessoa, em particular o papel que Schmitt teve nos anos 1933-36 (que por caridade divina LONGE de mim DEFENDER)e certamente isso levou-o a PASSAR intencionalmente, ou nao, AO LADO DA QUESTAO levantada, com mestria por parte do Dr. Virgilio. Mas isso Sr. Al Binda faz parte do debate sobre este Homem que certamente marcou o pensamento juridico do novecentos, e que ficou condenado a uma injustificada damnatio memoriae por muito tempo, devido ao raciocinio que como muitos outros, o senhor deixou aqui.
    Força Dr. Virgilio e que continue com o seu imprescindivel trabalho! Leon D.
    Mantenha...

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  7. Leon D.,
    pertinente o seu comentário.

    A história julgará Carl Schmitt e o seu pensamento, assim como julgou Aristóteles, Voltaire, Montesquieu, David Hume ou Karl Marx (defensores da escravatura – alguns, como é o caso de Hume e Voltaire – da inferioridade e não “humanidade” do negros) que, tendo aspectos censuráveis tinham, também, pontos de vista – no plano da filosofia e/ou do pensamento – pertinentes e que não se fez tábula rasa em nome de uma dogmática contra ciência.

    Mantenhas aos homens de boa vontade…

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  8. Como é evidente nao posso deixar sem resposta o "elogio" que o Sr Leon me faz. Nao por causa desse bichinho da vaidade ou outro sentimento de amor proprio ou ainda a bazofaria crioula, mas tao simplesmente, porque sou educado com as pessoas que sao educadas comigo.


    Costumo dizer que nunca ofendo ninguém à primeira, mas que sou contundente quando me beliscam. E até hoje nunca ninguém conseguiu provar que eu lancei a primeira pedra. O que podem provar é que nas minhas respostas às agressoes que me sao dirigidas sou arrasador, sou desproporcional como alguém escreveu a meu respeito no Semana. Isso admito.

    Mas se sou duro, é porque tenho a veleidade de conhecer o homem, ajudado precisamente por homens malvados como Carl Schmitt, Maquiavel, Nietzsche (sim!esse que chamo eufemisticamente meu Mestre, mais por provocaçao do que outra coisa mas que mesmo o dr Virgilio nao percebeu), Wagner, esse outro malvado, Freud, enfim gente dessa estirpe.



    Aprendi a pensar, a reflectir com homens desse calibre, onde entram ainda mitos como Faust, e essoutros mitos gregos tragicos, as antropologias religiosas todas dessa regiao conturbada do médio oriente, os livros malditos como S.Cipriano, Zoroastrismo, os Livros dos Mortos egipcios, enfim ... nao quero de maneira nenhuma maçar o Sr Leon, que passo a citar a meu respeito:


    ".Sr. Al Binda, confeço que sou um dos poucos(pelos comentarios que fazem a seu respeito nos diferentes blogs)que admira o seu fervor intelectual, com intervençoes nos varios blogs de conteudo que denotao um invejavel espirito critico e "provocatorio"(no bom sentido da espressao) que ajuda sempre a expandir a mente."

    Se respondo ao sr Leon, é porque ele de facto acertou em cheio naquilo que sempre foram os meus propositos desde o inicio: provocar debate, ajudar as pessoas a "expandir a mente". Que grande golpe de vista, teve senhor Leon!

    Mas deixe-me perguntar-lhe ja agora: mas onde é que andou, que so agora depois de eu estar ha tantos anos nisto, quase sozinho? Porque é que so agora aparece? Porque é que me deixou sozinho se me percebeu tao bem? Quantas vezes nao lancei desafios aos interessados para virem debater de modo a que a gente ajude a nossa gente? Caramba!homem, deixe-me dizer-lhe que me desiludiu, pois deixou-me a sos com este mundo que nao me percebeu.

    Mas você sabe por que é que os meus leitores me criticam e nao me "admiram", como diz? Por uma razao bem simples: é que eles nao estao à altura de entenderem o que escrevo; nao têm bases intelectuais, para perceberem, entao porque se sentem humilhados, passam ao ataque. Você sabe que quando o homem nao entende algo, tenta atacar ou desvalorizar o trabalho do outro.
    Mas ha outros que nao percebem mas nao atacam. E' o seu caso sr Leon. Foi o que agora lhe aconteceu com a leitura que faz da minha critica ao que Virgilio escreveu sobre o famigerado jurista alemao.

    Desculpe la, mas você é que nao percebeu o fundo do texto de Virgilio, foi você é que "passou lado". E olhe que nao estou errado e nao estou sozinho. Sim, por uma questao de coerência e de honestidade intelectual, (coisa que neste debate em concreto, o dr Virgilio nao teve,) tive que submeter o texto que ele escreveu a alguns amigos juristas, politologos e filosofos. Sao 7 individuos abalizados e sem exagero, todos saltaram na cadeira e fizeram a mesma analise que eu fiz. Sei que temos razao, nao porque somos 7, mas porque estamos à altura de fazer a critica que eu expendi sobre esse texto de Virgilio.

    Estou disposto a alargar o leque de pessoas abalizadas na matéria, mas para vos dar provas de honestidade e de seriedade, peço-vos agora para fazerem a mesma coisa que eu fiz: tentem submeter o texto em analise a colegas serios dessa area para verem. Gente que SE DEDICA à hermêutica e exegese de textos juridicos e filosoficos, sem outras preocupaçoes de amizades ou afinidades. Lanço-vos este desafio, porque eu estou profundamente convicto de que a razao està do meu lado.

    Mas senhor LEON nao faça como Virgilio que quando viu (eu sei que ele sabe que eu tenho razao!) que eu estava certo na minha critica, entrou em pânico, porque apanhado em falta, começou com artimanhas. Como essa de tentar desviar as atençoes passando a brincar com uma citaçao que eu fiz em francês, para dar a impressao às pessoas que eu sou desonesto e que copio na Net o que escrevo, o que alias um leitor veio logo dizer! Isto nao é sério da parte do dr Virgilio, porque ele fingiu que nao percebeu a minha intençao que era precisamente o de citar algo que ele poderia ir conferir facilmente na Net.


    A minha intençao era precisamente a de ajudar o homem, citando algo de facil consulta e nao ir copiar nos meus livros uma citaçao que me tomaria tempo e que ele corria o risco de nao encontrar ja que percebi que ele nao tem assim muitos livros em casa.

    Os vencimentos em Portugal sao baixos e eu sei que a maioria dos intelectuais caboverdianos nao têm livros, nao porque nao querem, mas porque ha outras prioridades, ha a familia a alimentar etc e tal. Mas, maldosamente, o dr Virgilio entrou por outro campo. Até porque, ele acabou por espalhar-se porque depois tentou como eu tinha previsto deitar abaixo o trabalho do filosofo Faye por mim citado.

    Mas ele nao estava à espera que eu avançasse novas referências bibliograficas, o que fiz, esprando agora nao que ele responda, mas que esteja a estudar os autores que eu avancei. Alias ele voltou a afundar-se no ultimo post que colocou onde tenta equiparar as burlas dde Aristtoles, Montesquieu ou Voltaire, sobre o negro ou a mulher, com uma politica de um Estado totalitario racista, que contou com a assessoria juridica de Schmitt e que matou milhoes de pessoas.

    Isso é aviltoso! Virgilio nao percebe que Aristoles nao matou milhoes de pessoas nem tao pouco a filosofia de Montesquie e de Voltarie, mas que pelo contrario as ideias politico-filosoficas nazistas de Schmitt ajudaram Hitler a assinar milhoes de pessoas!

    Termino pois sr Leon, dizendo-lhe que você também ou nao conhece bem Schmitt ou resolveu dar um help ao dr Virgilio o que é o seu direito. Mas olhe que você é que nao entendeu o fundo do texto de Virgilio. Que necessidade havia de trazer Schmitt para o deabte em torno da revisao da constituiçao de CV? Nenhuma, pois S. nao é uma autoridade nessa matéria constitucional.

    E' verdade que ele escreveu algo sobre as constituiçoes e que houve a tal polémica com Kelsen, mas ele nao é um autor citado e reocnhecido internacionalmente em matéria de revisao de constituiçoes; logo ele nao se impunha, tanto mais que na matéria ha muitos nomes que virgilio poderia ter citado, sabendo alias que S como jurista nazi, nao pode servir nem de modelo nem de referencia.

    No meu dicionario constitucional versao francesa de mais de 1000 paginas o exemplo de Schmitt nao é sequer referenciado!

    E é isto que voce Leon nao percebeu. Nao se pode escudar-se no trabalho de um jurista nazi mesmo que bom para ser mostrado como paradigma, sobretudo quando se tem alternativa. E' inadmissivel, e sem falar na confusao que Virgilio faz, quando poe no mesmo plano dois distintos juristas dos direitos humanos universais. Com isso ele està precisamente a desvirtuar a obra desses ilustres e a lavar a imagem do outro, quer dizer de Carl. Percebe ou nao?

    Repare por exemplo na defesa que Virgilio faz de Carl, nessa frase de "besta". Ele diz que sao pessoas que nao perceberam o "pensamento" de Carl, e é por isso que o chamaram de "besta". Com isso ele està a defender Carl, terminando a sua analise com isto:

    (...) é consabido, (que) a obra e pensamento (de Carl Schmitt) são tidas como fundamentos do nacional-socialismo alemão e do III Reich..

    Mas as questões (nomeadamente sobre a legitimidade por origem do controlo da Constitucionalidade das normas pelos juízes) continuam de de pé e não são tão dispeciendas como isso – é uma questão de sistema, de sentido histórico e social do Estado de Direito que não é, nem pode ser, uma realidade com um sentido univoco.

    Quando se mexe numa Constituição, é bom que se saiba porquê é se está a mexer nela e no quê é que se está a mexer. É que as normas jurídicas têm uma essência, um substratcto filosófico que sustenta o seu sentido comformador."

    O que é isto senao uma defesa do pensamento "filosofico" de Carl? E por defender esse pensamento, ele aconselha aos caboverdianos que estao a pensar na revisao da Constituiçao a pensarem 10 vezes e lerem Carl, para precisamente nao fazerem a tal revisao.

    Esta é que a leitura correcta do texto de Virgilio! Repare, que na sua frase sobre os "fudnamentos do nacional-socislimo" de Carl, o senhor Virgilio, mesmo sublinhando essa frase, diz que isso nao é importante, por causa do que vem a seguir e que é a "legimitidade" o "controlo da constituiçao das normas" de Carl que "continuam de pé" etc e tal!

    Fique com estas citaçoes que isolei do discurso de Virgilio e mais nao digo:


    Acabo de ler uma monografia que definhava há muito nos meus [desejos] Oh Dr Freud! .


    Sempre que leio Carl Schmitt – que alguém disse,[injustamente] e sem perceber o seu pensamento, que era uma «besta bestial» –


    Mas porque falo aqui de Carl Schmit? – . É que, no contexto em que se fala de juízes, da Constituição e da sua revisão – logo, dos seus valores – faz sentido revistar este pensador e as suas ideias. As suas ideias sobre o papel dos juízes como (não) guardiões da Constituição são [deveras interessantes] Oh Dr Apologia!

    (...) a questão fundamental de Carl Schmit ainda se mantém: a legitimidade originária dos tribunais – nomeadamente dos tribunais constitucionais – sindicarem os actos legislativos de entidades dotadas de soberania outorgada pelo povo.


    Al Binda

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  9. Bem, Al Binda…

    Quer quer que lhe responda ou o seu verbo é um monologion autofágico?

    Pensei que não queria dialogar comigo…

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  10. Touchè sr. Al Binda, Touchè!!!

    Tout court sr. Al Binda, nao me surpreendeu a sua intervençao!!! Como lhe tinha dito, conheço o sr. bastante para ficar surpreendido.
    Contudo sr. Al Binda, permite-me que lhe diga: o dr. Virgilio nao precisa de "help" algum. Nem de mim nem de niguem. Depois, a minha opiniao foi bem fundamentada de modo que devia ter poupado essa sua insinuaçao.
    Mais sr. Al Binda, eu entendi e bem o que o sr escreveu. Somente acho que o sr. fez uma intervençao que nao era pertinente à reflexao levantada pelo dr.Virgilio. Ponto! Ainda estou convencido que o sr. estrapolou um discurso que nada tem com o sentido da substancia da reflexao proposta pelo exmo Virgilio. Repare que, nao estou dizendo que o que escreveu è "besteira" Pelo contrario!! Digo sim, que saiu do binario, fugiu ao tema central do debate.
    Quanto à sua dùvida acerca da minha capacidade de estar à altura de debater consigo, lhe respondo com a sua mesma moeda: nao lhe digo nada!!! Assim aprendì consigo(estrategia). Certamente posso lhe dizer que nao sou Mazinga z(conhece?) nem superman, mas, que tenho os meus recursos, la tenho. Por isso sr. Al Binda, nao tenha receio(de resto acho que nao tem) porque quando achar pertinente lhe faço saber à que "altura" estou.
    Terminando sr. Al Binda, estou covencido que Schmitt por ser um homem "TESTEMUNHO" do seu tempo, seja um sujeito pouco recomendavel para um debate, mas è inegavel que como teorico do direito(em particular constitucional)deixou obra pertinente e actual(lembra a suspensao de garantias costitucionais depois de 11/09?).
    Este foi o sentido da minha tese sem ter que fazer juizo moral sobre o homem Schmitt. Todos sabemos que foi um NAZI!!! Portanto o juizo è intrinsico a esta odienda palavra.
    Continuarei a ler os seus artigos, como ja lhe disse o seu modo "apaixonante" de opinar ca por mim è muito estimulante!
    Mantenha.
    Dr. Virgilio, Abraço.
    Leon D.

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  11. o curioso é que apenas al binda ilustra o seu texto com referências de autores, enquanto nem virgil nem léon avançam referências e ainda não conseguiram demonstrar porquê que al binada não tem razão; eu ainda não percebi a pertînência de schmitt no texto de virgil e o seu rapport com a nossa constituição.
    Tenho medo que sejam virgil e léon a incorrer em erro
    ToZé de Monte

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  12. VB, podes dizer-me quem é HV? Deve ser algum pensador nazista, que passou por Coimbra, só pode!!!??

    lol

    ;)

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  13. Al Binda,
    espero a sua resposta - para depois ofertar-lhe um texto que, certamente, irá ao encontro
    dos seus anseios.

    Leon, o problema do Al Binda não é de espírito combativo, é de substância. Na verdade não leu - não pode ter lido, o livro de Faye que citou (copy "pastou" de uma apresentação do livro). Depois, a seu tempo, perceberá porquê.

    Obrigado pelo abraço, recebido com fraternidade.

    ToZé de Monte,
    acho que precisa de reler o texto; se o fizer perceberá a pertinência...

    Oh, Jéssica! Espero que não!

    O problema do nazismo, e outros "ismos" que vão levantando o pescoço lentamente pelo Mundo fora é que as pessoas não entendem estes fenómenos e o que pensam verdadeiramente. E como não sabem o que são estas realidades (e o muito horror que transportam) não as sabem combater.

    O mal que se desconhece volta, volta sempre.

    O Al Binda, assim como muita gente (alguns com boa vontade) citam a esmo coisas que nunca lerem, pensamento que nunca perceberam. Daí o Al Binda ser um admirador da lógica filosófica do "super homem" e se preocupar com o nazismo... como se este não fosse, no plano social, político e biológico, a busca de Al Binda(s)(o "super criolo"). Antinomias estruturais...

    Caso para dizer: "Pai, perdoa-lhe pois não sabe o que faz (e diz)".

    Esta é uma situação em que o Al Binda revela uma dupla iliteracia filosófica e de pensamento (Heidegger distingue estas duas realidades do saber)- e, o que é pior, está convencido de que tem razão. Mas já verá que não, como disse que não ia embora... eu espero.

    Abraço fraterno

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  14. O assunto nao tem nada a ver com esse Faye, professor Virgilio. Virgilio ficou a falar sozinho pois Al Binda partiu. O professor Leon nao conhece nada de Al como dis. Pensa que o conhece mas foi incapaz perceber a mensagem de Binda, que nunca escreveu que Leon nao tivesse intelectualidade suficiente. Teem que baralhar e voltar a dar as cartas.

    Alfredo B Lima

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